Um levantamento do Instituto Semesp, divulgado em setembro deste ano, aponta que aproximadamente 25% dos egressos do curso de enfermagem não estão exercendo qualquer atividade remunerada no momento, isto é, estão desempregados. A taxa atinge principalmente aqueles com menos de cinco anos de formação.
Uma das razões que explicam a alta taxa de desemprego entre os formados nos 1.668 cursos de enfermagem existentes no País, segundo dados de 2021 do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), é justamente a abundância de graduações.
A presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado do Ceará (Senece), Telma Cordeiro, ainda aponta que a definição do piso nacional da enfermagem, regulamentado em 2022, prejudicou a contratação de profissionais.
Já o professor do departamento de Economia Agrícola da UFC, Vitor Hugo Miro, defende que “a média salarial dos profissionais de enfermagem é inferior ao piso” no Brasil, o que cria maior competitividade pelos postos de trabalho.