O não pagamento dos salários dos enfermeiros que atuam na linha de frente da saúde pública não pode ser tratado apenas como uma questão burocrática a ser analisada sem urgência. Estamos falando do sustento de profissionais essenciais, que dedicam sua vida ao cuidado da população e não podem ser penalizados pela má gestão administrativa.
O argumento apresentado pela empresa Atitude, alegando impossibilidade de arcar com a folha de pagamento, escancara a fragilidade do modelo de contratação adotado. Mais grave ainda é o fato de que, mesmo diante dessa situação crítica, os profissionais são obrigados a esperar por um parecer jurídico e por um trâmite burocrático que pode se arrastar até o dia 21 de março – um prazo inaceitável para quem depende desse pagamento para sobreviver.
O Governo do Estado, por meio da Secretaria responsável, deve adotar uma postura resolutiva e garantir o pagamento imediato aos enfermeiros. O compromisso com a categoria não pode ser adiado e precisa ser tratado com a seriedade que merece. É obrigação do Estado assegurar que esses profissionais não sejam prejudicados por falhas contratuais ou administrativas.
Portanto, exigimos um posicionamento célere e uma solução concreta que garanta o pagamento imediato da folha salarial de fevereiro, evitando maiores prejuízos à categoria. Caso contrário, medidas mais drásticas poderão ser adotadas para garantir o respeito aos direitos dos enfermeiros.
Aguardamos uma resposta urgente e, mais do que isso, uma atitude responsável do Governo do Ceará diante desse impasse.