Na última quinta-feira (23/5), dirigentes sindicais das categorias dos profissionais da saúde foram recebidos pelo secretário da saúde, Dr. Cabeto, na sede da Sesa, para apresentação da pauta de reivindicações. A audiência, agendada após o início do movimento de paralisação de atividades, não teve o resultado esperado.
Durante a reunião, a atual gestão não apresentou condição de negociação para as questões debatidas na pauta, que denuncia a precarização do funcionalismo público no estado. Na proposta do governo, as justificativas, repetidas há um tempo, só reforçam um cenário de descaso e de exclusão com os direitos dos servidores.
Na avaliação da presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Ceará (Senece), Telma Cordeiro, houve, mais uma vez, uma ineficiência apresentada pela gestão. ” Precisamos esclarecer aos servidores estaduais a real situação que enfrenta o funcionalismo público. Para a pauta de reivindicações, nada de concreto foi apresentado. Não podemos aceitar. Será preciso reagir. Foi solicitado a formação de um grupo de estudo junto à Sesa, para realizar um levantamento sobre a possibilidade da ascensão funcional, nada mais”. Reforçou.
A pauta unificada traz itens que abarcam as diferentes categorias e visam melhores condições de trabalho para os servidores. Entre os pontos abordados, estão a reestruturação do PCCS, o reajuste salarial, a ascensão funcional e a realização do concurso público.
Participam do movimento unificado o Sindsaúde, Sindionto (odontólogos), Senece (enfermeiros), Sinfarce (farmacêuticos), Sindnuce (nutricionistas), Sasec (assistentes sociais), Sinfito (fisioterapeutas) e Mova-se.
Para a ascensão funcional, o secretário informou que foi constituído um grupo de trabalho com representantes das entidades para acelerar o estudo, iniciado com técnicos da Sesa. Já o PCCS, só após a atualização das progressões, um grupo de trabalho deve dar inicio às discussões sobre a reestruturação do plano de cargos, carreiras e salários. E o concurso público não será realizado nos próximos dois anos. O motivo apresentado foi a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Na questão da GITQ, foi garantido que a gratificação permaneça sem alteração até outubro de 2019. Para os servidores que tiveram redução nos meses de março e abril, o secretario informou que será devolvida em folha suplementar ainda em maio. A luta do reajuste salarial deve continuar no âmbito governamental da casa civil.
Uma nova rodada de negociação ficou agendada para o próximo dia 4 de junho.