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Roberto Cláudio e Camilo Santana se alinham em discurso de crise e redução de custos em suas gestões, e quem paga a conta é o trabalhador

 

 

Após oito meses de espera e tentativa de abertura de diálogo com o governador Camilo Santana, servidores foram recebidos, na tarde da última segunda-feira, 4/4, para pronunciamento de Camilo de que não terá reposição de perdas salariais dos servidores do estado.

A decisão não surpreendeu as categorias de trabalhadores, diante do cenário de desrespeito e desvalorização que se arrasta nas negociações da garantia dos direitos destes profissionais. Ao receber os dirigentes sindicais, Camilo Santana anuncia sua decisão e, em seguida, encerra a reunião sem possibilitar mais nenhuma negociação sobre a pauta do reajuste.

Roberto Cláudio e Camilo Santana parecem alinhar seus discursos quando entra em pauta os índices inflacionários dos salários dos servidores. No último dia 22 de março Roberto Cláudio reduziu o reajuste dos servidores para 2%, justificando redução de custos na gestão municipal, mas para os vereadores e servidores da Câmara Municipal de Fortaleza aumentou para 10, 67% a reposição salarial retroativa a 1° janeiro de 2016.

Durante a reunião, a vice-presidente do Senece, Anísia Ferreira, reforçou a situação dos processos pendentes da Secretaria da Saúde (Sesa) nas promoções e homologação do estado probatório do último concurso, a isonomia funcional dos servidores que não foram contemplados e o PCCS. Anísia abordou ainda o entorno da discussão da qualificação nos atendimentos à saúde realizados por profissionais terceirizados, comprometendo a assistência no cuidado dos pacientes nas unidades hospitalares, principalmente, por em sua maioria, ter apenas um servidor estatal para cada dez terceirizados. Camilo prometeu avaliar esta situação e se pronunciar ao Sindicato dos Enfermeiros do Ceará sobre a abordagem.

Agora, as categorias vão se reunir e definir uma assembleia para deliberar sobre a Greve dos servidores estaduais.

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